Chuvas e Calor Intenso Impulsionam Reprodução do Mosquito e Agravam Epidemia de Dengue no Brasil

O Brasil enfrenta um cenário preocupante com a combinação de chuvas intensas e calor extremo, proporcionando condições ideais para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. A situação é agravada pelo retorno de quatro sorotipos da doença, algo que não ocorria há mais de uma década. O Distrito Federal, o Rio de Janeiro e o Espírito Santo já decretaram estado de epidemia, enquanto Acre, Goiás e Minas Gerais reconheceram a emergência do avanço da doença.

A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é priorizar a administração da vacina em pessoas entre 6 e 16 anos. No Brasil, a faixa etária escolhida é de 10 a 14 anos, considerando o maior índice de internações nesse grupo. É importante mencionar que o país adquiriu 95% das vacinas disponíveis, refletindo o esforço para conter a disseminação da dengue.

O Ministério da Saúde atualiza todos os dias às 16h o Painel de Monitoramento das Arboviroses, com dados por unidade federativa. O documento pode ser acessado no link.

Persistência da Covid-19 como Principal Causa de Mortalidade Infecciosa

Em março de 2024, completa-se o quarto ano desde que a OMS decretou a pandemia da covid-19. Embora a situação esteja controlada, a secretária Ethel Maciel ressaltou que a covid-19 continua sendo a doença infecciosa com o maior índice de mortalidade no Brasil, superando a dengue, a aids e a tuberculose.

Apesar de 84% da população ter recebido as duas doses da vacina contra a covid-19, apenas 6% das crianças brasileiras foram imunizadas. Ethel Maciel alertou para a gravidade da situação, evidenciada pelas mortes de 112 crianças com menos de um ano no ano passado. Ela enfatizou a disponibilidade da vacina contra a covid-19 e expressou preocupação com as mortes que poderiam ser evitadas por meio da imunização.

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Humberto Pereira

Jornalista Responsável - Registro - 13759/DF