Jovem Sofre Racismo em Shopping do Distrito Federal

Jovem Alega Ser Vítima de Racismo em Shopping do Distrito Federal

A vítima, Rithiele Souza Silva, de 27 anos, conta que sofreu racismo de uma senhora de idade, por ter pedido certa distância em fila de um caixa eletrônico. “Vocês de cidades satélites, negros, não sabem mexer nesse tipo de aparelho’, foram palavras ditas pela racista.

A estudante, Rithiele, alega ter sofrido racismo, no instante que realizava um saque em dinheiro em um caixa eletrônico, em Brasília, nesta quinta-feira (14). A vítima disse que foi ofendida por uma idosa que se encontrava ao seu lado. A injúria racial foi cometida após Rithiele ter pedido a idosa para que mantivesse o distanciamento social.

“Ela falou: eu sei que você está demorando por conta da sua dificuldade de mexer nesse aparelho porque vocês de cidades satélites, negros, não sabem mexer nesse tipo de aparelho”, Ruthiele alega que repreendeu a atitude da idosa, no mesmo momento, entretanto, a agressora reafirmou dizendo “eu sou racista”.

Ao ouvir que não sabia utilizar o caixa eletrônico, a jovem informou que é cursando medicina na Universidade de Brasília (UnB), porém, a idosa continuou hostilizando-a duvidando da capacidade da cidadã, dizendo: “até parece”.

A Polícia Militar não levou a agressora para a delegacia, por conta da idade elevada, 85 anos.

O artigo 140, do Código Penal, diz que a injúria racial consiste em defender a dignidade do indivíduo. A pena varia entre 1 a 6 meses de reclusão ou multa.

Números da violência relacionados a racismo no Brasil

Uma recente pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) juntamente com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) apontou que os casos de mortes por homicídios de pessoas negras (pretas e pardas) cresceu 11,5% em uma década só no Brasil.

O estudo foi divulgado a cerca de 1 ano e mostrou dados relacionados entre os anos de 2008 a 2018.

Seguindo o caminho inverso, o número de mores por homicídio caiu mais que 12% no mesmo período para pessoas (brancos, amarelos e indígenas) segundo o próprio estudo.

Entre esses casos, o número de mortes de mulheres e jovens é alarmante.

Paralelo a isso, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelou que 79% dos mortos por ações policiais são pessoas negras.

Mesmo arriscando a própria vida em ações na rua no combate a criminalidade é importante conhecer a fundo o que ocorre no Brasil para que os números relacionados ao crimes de racismo são tão elevados como os casos de homicídios.

No Brasil, existe a clara necessidade de que em primeiro lugar, devemos ter consciência que não existem diferenças entre as pessoas e que todos além de merecer devem ser respeitados.

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Humberto Pereira

Jornalista Responsável - Registro - 13759/DF