O primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio ocorreu neste domingo (21); taxa de abstenção é menor do que em 2020, que atingiu 51,5%. Outro ponto de destaque é que ‘apenas’ 3,1 milhões de pessoas se inscreveram para o Enem 2021, menor quantidade desde 2005.
Danilo Dupas, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), disse que 26% dos 3,1 milhões de cidadãos que se inscreveram para o Enem não realizaram a prova, neste domingo (21). Contudo, há uma melhora em relação a 2020, que atingiu 51,5% de abstenção.
Em um primeiro instante, Milton Ribeiro, ministro da Educação, afirmou que o índice de abstenção era de 24%.
A informação foi divulgada durante uma entrevista à imprensa. Estavam presentes Carlos Henrique Ribeiro (diretor de operações dos Correios), Cléo Mazzotti (delegado da Polícia Federal) e Milton Ribeiro (ministro da Educação).
Milton afirmou que o primeiro dia de prova do Enem 2021 “foi um sucesso”. De acordo com o Inep, o índice de candidatos que não participaram do Enem este ano, foi maior entre os que escolheram pela prova digital: 46,1% de abstenção. Porém, entre os que não fizeram a prova impressa, a abstenção foi de 25,5%.
Ao comparar as unidades da federação, a maior taxa de não-comparecimento é de Amazonas com 40,6%, e em segundo lugar vem Roraima com 32,4%.
A crise do Inep
Milton Ribeiro quando perguntando a respeito da crise dos funcionários do Inep e de acusações sobre a ausência de perguntas, afirmou que Enem 2021 seguiu o mesmo padrão dos anteriores.
Também ponderou a respeito do que o presidente Jair Bolsonaro falou, na segunda-feira (15), sobre as perguntas do Enem: “começam a ter a cara do governo”.
“Sobre a cara do governo, vocês puderam notar que o Enem segue o mesmo padrão nas provas”, alegou o Ministro. “Foi uma narrativa, tentaram politizar a prova e não teve nenhuma interferência. Talvez, se tivesse, algumas perguntas talvez não estariam ali”.
“Não teve interferência e nem escolha de perguntas. Quando o presidente (Bolsonaro) fala, eu afirmo que tem a cara do governo, transparência, seriedade, sem desvio de recurso, vazamento. Essa é a cara do governo. Desafio qualquer um a dizer que teve interferência na montagem da prova”, terminou dizendo.
Assim como foi noticiado neste portal, alguns dias anteriores do Exame, 37 funcionários do Inep se desligaram das suas funções por pressão de ideologias na formulação das provas.