Neste domingo (19/11), Javier Milei, político ultraliberal de direita e economista, emergiu como vencedor no segundo turno das eleições presidenciais Argentinas. O embate acirrado colocou-o frente a frente com o candidato peronista Sergio Massa, da União pela Pátria.
O cenário do primeiro turno já havia revelado uma disputa acirrada entre os dois candidatos, sem que as pesquisas eleitorais parecessem predizer um resultado conclusivo, devido a alguns indicarem um empate técnico. No entanto, Milei, de 53 anos, que liderou nas primárias, consagrou-se como vencedor no segundo turno, superando as expectativas.
Conhecido pela sua postura polêmica, Milei fez promessas ousadas durante a campanha, incluindo a intenção de cortar relações com países que ele considera “comunistas”, como China e Brasil. Além disso, ele propôs o rompimento com o Mercosul e a adoção de medidas extremas, como o fechamento do Banco Central.
A figura ultraliberal revelou admirar o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, recebendo manifestações de apoio do líder brasileiro nas redes sociais. Bolsonaro expressou seu apoio a Milei e confirmou sua presença na posse do argentino caso fosse eleito.
No Brasil, partidos de esquerda, incluindo o PT, se posicionaram a favor de Sergio Massa. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitou citar nomes, mas defendeu um líder que “goste de democracia, respeite as instituições, aprecie o Mercosul, a América do Sul e pense na criação de um bloco importante”. O resultado das eleições argentinas sinaliza mudanças significativas no panorama político da América Latina.
