Diretor de Avaliação da Educação Básica, pede em ofício que haja “consenso” para que os trabalhadores continuem nos seus cargos. Os servidores disseram existir ausência de comando, a menos de 2 semanas para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)
Anderson Soares Furtado Oliveira, diretor da Avaliação de Educação Básica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), agiu com solidariedade aos servidores que solicitaram o pedido de demissão das funções da organização, a 2 semanas no Enem.
De acordo com ofício que Anderson enviou aos superiores, foi pedido valorização dos profissionais e um acordo para que os mesmos, continuem exercendo suas funções no órgão. Ele ainda alega que os chefes devem “fornecer condições para os servidores e colaboradores trazerem excelência nessas entregas” e “não devem jamais representar um fator dificultador a mais”.
De fato, não há como esconder que o Inep está em uma crise com o Enem chegando, no qual, é a principal porta de entrada para o acesso às faculdades no Brasil.
Há 1 semana, um total de 37 funcionários pediram desligamento de seus cargos. Segundo eles, há “falta de comando técnico” e “clima de insegurança” no Inep.
Entretanto, mesmo com os problemas à porta, o órgão confirma que o Exame será realizado no dia 21 de novembro.
Ofício solicita valorização
Nesta quinta-feira, foi assinado e encaminhado o ofício com a solicitação de valorização ao chefe da Assessoria de Governança e Gestão Estratégica, Eduardo Carvalho Nepomuceno Alencar e a Álvaro Luís Kohn Parisi, que é o chefe de gabinete do Inep.
O autor do ofício, Anderson Soares, ponderou no documento que “a singularidade da capacidade técnica dos referidos servidores enseja que sejam empreendidos esforços pelos atuais ocupantes dos cargos da alta gestão do Inep pela manutenção das pessoas nos cargos ocupados em comissão”.
De acordo com informações contidas no documento, os servidores possuem legitimidade para citar a respeito das preocupações existentes para a realização no Enem.
“Deve ser buscado um consenso para que (os profissionais) sintam segurança no desempenho de suas funções e mantenham a continuidade da excelência de seu trabalho.”
O diretor ainda alega que o Inep detém problemas a serem solucionados nas áreas de recursos humanos e financeiros e que os desafios criados pela pandemia da Covid-19, tem a capacidade de criar desconforto, caso não atendam às necessidades dos servidores.